É inteiramente interessante, ou muito mais intrigante, quando parece estar provado para mim mesmo de que eu jamais serei capaz de amar outra pessoa; eis que consigo encontrar uma nova razão pra amar. E alguém ainda consegue me tocar, mesmo sem por uma única mão em meu corpo. É um tocar que vem de dentro. Que entra e se instá-la, que chega e não avisa, que está; mas nunca fica.
Penso que o amor pode viver sem o homem, mas o homem não pode viver sem amar. Se eu conseguisse viver sem o mais nobre dos sentimentos, eu viveria. Pois a dor que me causa quando este não me quer mais corresponder é muito mais forte do que quando o sinto, e com certeza muito mais dolorosa.
A falta do amor dói. sentir o amor dói. Seria este o sentido de amar? Quanto menos respostas tenho, mas me ponho a perguntar. A certeza do nada é o que me faz viver, a vida é o que me faz existir, amar ou não amar é o que me faz sofrer.
Pessoas incapazes de sustentá-lo ou de levá-lo até onde deveriam são as mais responsáveis pelas dores causadas em tantos corações. Elas não sabem a dimensão deste sofrimento, talvez, se soubessem, não os cultivaria com tanta precisão. [...]
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